por Leidmar Lopes
Compreender os sinais claros de alerta, bem como os passos que precisam ser dados para uma intervenção, além de ser importante, pode salvar a vida de muitos. É com razão que as pesquisas indicam que as taxas de suicídio estão aumentando. Um relatório publicado pelo Centro de Controle de Doenças (CDC), em Abril de 2019, declara que, em 2016, quase 45.000 pessoas morreram de suicídio somente nos EUA. Além disso, as taxas aumentaram mais de 30%, de 1999 até Abril de 2019, em mais da metade dos estados dos EUA.
Embora a maioria de nós associe o suicídio a depressão e transtornos de humor, dados emergentes dizem que apenas cerca da metade das pessoas que morrem por suicídio têm um diagnóstico de saúde mental conhecido. A verdade é que vários fatores contribuem para um comportamento suicida. Segundo um relatório de 2015, do Sistema Nacional de Denúncia de Morte Violenta do CDC, o fator mais comum que contribuiu para o suicídio está ligado a problemas de relacionamento (42%), seguido por uma situação de crise no passado (29 %) e uso problemático de substâncias químicas (28%).
Além disso, o CDC destaca 12 principais sinais de alerta de comportamento suicida. São eles: 1) Sentir-se como um fardo 2) Estar isolado 3) Aumento de ansiedade 4) Sentir-se preso ou com dor insuportável 5) Aumento do uso de substâncias químicas 6) Interessar-se em obter meios letais para se ferir ou atacar outros, 7) Raiva ou raiva aumentada, 8) Mudanças extremas de humor, 9) Desesperança, 10) Dormir pouco ou muito ) Falar ou postar, nas redes sociais, sobre o desejo de morrer, 12) Fazer planos para um comportamento suicida.
Estas cinco dicas podem ajudar no socorro:
Primeiro – Pergunte, diretamente e sem críticas, como a pessoa está e se pensa em suicídio. Essa atitude dará espaço para uma conversa,caso ela tenha interesse em falar. Ainda que não responda imediatamente, pode ficar mais confortável para conversar depois. Ouça-a.
Segundo – Promova um ambiente de segurança. Se você crê que o comportamento suicida é um problema, esforce-se para demonstrar segurança. Tente descobrir se ela já tentou se matar antes; se elaborou um plano e qual é sua história de vida. Percebendo que há risco imediato, ligue para o 911. Se entende que ela está pensando sobre isso, mas não tem um plano pronto para ser executado, procure incentivá-la a livrar-se de quaisquer meios letais, como arma de fogo e medicamentos. Busque ajuda para abordagem com um bom terapeuta.
Terceiro – Esteja lá, pronto. Isso é simplesmente estar disponível e conectado à pessoa. Ligando ou enviando mensagens de texto todos os dias. Orando e apresentando a vida dela diante de Deus. Encorajando-a tambem na fé. Não se comprometa com nada que você não esteja disposto a fazer. Tente conectá-la a um grupo social, de preferência, uma igreja que ofereça um ambiente terapêutico. Isso pode funcionar como um amortecedor da dor psicológica e da desesperança.
Quarto – Você não pode ser a única fonte de apoio na vida dela. Ajude-a a se conectar com outras pessoas. O apoio social e espiritual é fundamental na prevenção do suicídio.
Quinto – Continue acompanhando a pessoa. Oferecer apoio e cuidados contínuos diminue a chance dela tentar tirar a própria vida.
O suicídio é, hoje, uma causa cada vez mais comum de morte nos Estados Unidos. Conhecer os principais sinais de alerta do comportamento suicida pode salvar a vida de alguém que você conhece. Tente saber das intenções da pessoa e mantê-la em segurança, ajude-a a se conectar e a acompanhe. Seja único, fazendo a diferença na vida dela.