por Andrea Helman
1. Para ele, a sua voz é a mais importante do mundo!
Cantar para o filho independentemente da habilidade musical dos pais. É algo mais benéfico do que se possa imaginar. Estudos têm revelado que um bebê, ainda em gestação, é capaz de diferenciar a voz da mãe dentre todas as outras vozes ou ruídos. Ela canta e ele esboça uma reação. Ele aprende a amar a música, porque a ama. Ele quer aprender a música, porque quer se comunicar com ela, balançando o corpo, marcando o ritmo com a cabeça e balbuciando uma tentativa de melodia num ambiente livre de cobranças. Nada é certo ou errado, tudo é bom. Essa liberdade permite que a música seja o que é: uma linguagem de expressão e não uma matéria de escola ou uma habilidade específica. Não é necessário ser professor de música para ensinar o filho a se comunicar por meio dela. Do mesmo modo que se ensina a língua materna, falando, se ensina cantando.
2. Todos nascemos musicais!
Em um estudo recente feito pelo Institute for Psychology, Hungarian Academy of Sciences, bebês recém-nascidos, de 1 a 3 dias, tiveram suas funções cerebrais analisadas por meio do uso de aparelhos de ressonância magnética, enquanto suas mães falavam com eles. As imagens mostraram que usavam as conexões do cérebro, ligadas à musicalidade, para entender o que as mães diziam, ou seja, eles literalmente estavam ouvindo música! Com isso, conclui-se que todos nós nascemos musicais e, por meio dessa capacidade de distinguir tonalidades e ritmo, aprendemos a nossa língua materna.
3. Música exercita o cérebro e auxilia à aprendizagem.
Os benefícios da atividade musical têm surpreendido a neurociência, ao revelar-se como a única atividade aonde as três partes do cérebro funcionam simultaneamente, criando caminhos extremamente criativos para comunicar-se entre si. Se você quer que seu filho tenha sucesso, academicamente, não pense duas vezes, cante para ele e exponha-o sempre a atividades musicais. Os benefícios são maiores quando a exposição a um ambiente musical se inicia antes dos 7 anos.
4. Gera laços afetivos mais profundos.
Uma das ótimas lembranças que tenho do meu falecido pai, desde os meus quatorze anos, é a de ouvi-lo tocar e cantar um tango argentino. Era prazeroso para ele. Eu adorava ouvi-lo cantar cada palavra daquelas poesias. Ele não era afinado, não tocava bem o violão e eu nem gostava de tango, naquela época, mas aquele momento era mágico. Só meu e dele, juntos, embalados pelas melodias que significavam tanto para ele e que muito me ensinavam sobre o país em que nascera. A música é assim, poderosa! Nos transporta a lugares, a momentos. Ela nos envolve plenamente e tem esse grande poder de criar vínculos afetivos, algo extremamente importante na sociedade em que vivemos hoje.